29 de mai. de 2014

Tons de escolhas...



Hoje o sábado acordou frio… parecia cinzento... mas, de repente, o sol também acordou e trouxe mais vida ao sábado. Aquele que parecia ser um dia só frio e cinzento tornou-se um dia não só frio, mas também cheio de luz, aquecido pelo astro rei, que o deixou com mais vida, mais aconchegante... Assim como a primeira impressão deste sábado, também somos nós por diversos dias, semanas, meses e até anos... Acordamos acinzentados, frios, mas, de repente, alguém resolve fazer o papel do astro rei, e com sua luz aquece o nosso dia.
Hoje, o sábado de muitos começou assim, frio e acinzentado por inúmeros motivos, porém, no decorrer da manhã, vários tons lhe foram apresentados e cada qual escolheu o tom que melhor cabia na pintura do seu momento, do que dia, do seu sentir... Ações, sorrisos, palavras, aquecem o nosso dia, desde que permitimos que este calor nos acolha...
E por falar em palavras, há quem tem o dos de usá-las de forma tão harmoniosa que parecem notas musicas a nos embalar, dando-nos a impressão que nos pegam no colo e nos cuidam... Como é bom nos sentirmos cuidados! Mas, para que tudo isso possa acontecer precisamos nos permitir sentir, precisamos libertar o nosso eu raptado por algum motivo, por alguma razão. Precisamos cobrar menos de nós mesmos, porque quem cobra demais de si mesmo, precisa de muito para sentir pouco. Precisamos doar, mas sempre diminuindo a expectativa do retorno, afinal, não podemos exigir o que os outros não podem dar; que podemos contribuir com os outros e para a felicidade destes e que ninguém muda ninguém.
É, precisamos... mas, como fazer? Há quem diga que não se deixando influenciar pela energia negativa do outro... há quem diga que trabalhando nossa mente, muitas vezes tão imprevisível, tão complexa... Mente esta, considera um cofre, porém, nenhuma é impenetrável... O que acontece, muitas vezes, é que usamos chaves erradas para chegarmos até ela, e, quando usamos as chaves erradas, tornamo-nos agiotas de nossas emoções, e passamos a não sentir: matamos a dor cálida, a angústia; passamos a não mais nos emocionarmos, chorarmos, e assim, as lágrimas não choradas são mais doloridas do que as choradas; passamos a julgar mais e abraçar menos, quando devíamos julgar menos e abraçar mais...
Complicado esta chave errada não é mesmo? Sim porque se não encontramos a chave certa, corremos o risco de machucarmos as pessoas que nos são mais caras. E, ao encontrarmos a chave certa, precisamos nos permitir a passar pelo processo da metamorfose, pois até as flores surgem no inverno e desabrocham na primavera... Precisamos estabelecer um caso de amor com a qualidade de vida... Por quê? Porque só a vida pensa...
Então, se só a vida pensa, o que estamos fazendo por nós mesmos? Que valor estamos nos dando? Precisamos nos livrar dos bloqueios, melhorar a autoestima, sair da zona de conforto, driblar o medo de mudar, e acima de tudo, precisamos querer e acreditar, porque se não quisermos, ninguém fará por nós... Agora, se me derem licença, vou ali tentar encontrar a chave certa para tentar enfrentar meus medos e melhorar minha qualidade de vida, porque eu sou uma daquelas pessoas que não consegue demonstrar sentimentos, mas sou cheia deles...

Por: Rosane Favaretto Lazzarin – 23/05/2014

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