Hoje foi dia de arrumar guarda-roupa...
guarda-roupa da alma... guarda-roupa do coração... guarda-roupa da vida. E se
tem coisa que protelamos é arrumar guarda-roupas... da vida então, nem se fala.
Por que será? Talvez porque sabemos que encontraremos tantos guardados, que nem
nós mesmos imaginávamos que tivesse... Guardados bons, guardados nem tão bons assim...
guardados saudosos... guardados preciosos... E só mexemos nestes guardados quando precisamos de algo ou
quando precisamos deixar que algo se vá.
Tudo bem se temos que deixar
partir as coisas boas, dizem que outras melhores virão... melhor ainda se
conseguirmos deixar partir as coisas não tão boas assim, afinal, com a partida
destas, nossa alma fica mais leve, mais cheia de vida... quando falamos dos
guardados saudosos, estes ficam escondidinhos no nosso coração e de vez em
quando nos fazem sorrir... agora, quando temos que deixar partir, ou a vida nos
intima a deixarmos partir as coisas preciosas, sentimo-nos meio vazios, meio abandonados,
meio sem rumo...
Neste momento, a vontade que
temos é de fecharmos as portas do guarda-roupas a sete chaves e jogá-las
fora...mas, aí vem a consciência pedindo licença para a emoção e nos alerta
dizendo que um dia tudo parte, todos
partimos... e a forma como nos desapegamos do que nos é precioso é que vai
determinar como direcionaremos nossa vida, como cuidaremos de nosso
guarda-roupas, se e como recolocaremos outros guardados preciosos nele, para só
então recomeçar e permitirmos que o guarda-roupa da alma, do coração, se encha
novamente de vida...
Metáforas... ah, as metáforas,
como são eficientes quando a dor não cabe mais no peito e escorre pelos
olhos... sinal que que inicia-se a limpeza da alma... princípio da busca pela
vida... Agora se me derem licença, vou ali ver se consigo um guardado
precioso...
Por:
Rosane Favaretto Lazzarin – 22/04/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário