29 de mai. de 2014

Guardados da vida...



Hoje foi dia de arrumar guarda-roupa... guarda-roupa da alma... guarda-roupa do coração... guarda-roupa da vida. E se tem coisa que protelamos é arrumar guarda-roupas... da vida então, nem se fala. Por que será? Talvez porque sabemos que encontraremos tantos guardados, que nem nós mesmos imaginávamos que tivesse... Guardados  bons, guardados nem tão bons assim... guardados saudosos... guardados preciosos... E só mexemos  nestes guardados quando precisamos de algo ou quando precisamos deixar que algo se vá.
Tudo bem se temos que deixar partir as coisas boas, dizem que outras melhores virão... melhor ainda se conseguirmos deixar partir as coisas não tão boas assim, afinal, com a partida destas, nossa alma fica mais leve, mais cheia de vida... quando falamos dos guardados saudosos, estes ficam escondidinhos no nosso coração e de vez em quando nos fazem sorrir... agora, quando temos que deixar partir, ou a vida nos intima a deixarmos partir as coisas preciosas, sentimo-nos meio vazios, meio abandonados, meio sem rumo...
Neste momento, a vontade que temos é de fecharmos as portas do guarda-roupas a sete chaves e jogá-las fora...mas, aí vem a consciência pedindo licença para a emoção e nos alerta dizendo que  um dia tudo parte, todos partimos... e a forma como nos desapegamos do que nos é precioso é que vai determinar como direcionaremos nossa vida, como cuidaremos de nosso guarda-roupas, se e como recolocaremos outros guardados preciosos nele, para só então recomeçar e permitirmos que o guarda-roupa da alma, do coração, se encha novamente de vida...
Metáforas... ah, as metáforas, como são eficientes quando a dor não cabe mais no peito e escorre pelos olhos... sinal que que inicia-se a limpeza da alma... princípio da busca pela vida... Agora se me derem licença, vou ali ver se consigo um guardado precioso...
Por: Rosane Favaretto Lazzarin – 22/04/2014

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