Tempo, tempo, tempo,
tempo, vou lhe fazer um pedido… Tempo… tudo gira em torno dele. O tempo pode
ser obsoleto, astronômico, compartilhado, composto, de resolução, de vida, vôo,
integral, real, relativo, fabuloso, sideral, simples, verdadeiro, universal! Há
quem diga que há um só tempo. Outros preferem dar tempo ao tempo, ou desabar no
tempo. Há os que falam de tempo em tempo, em dois tempos, em tempo recorde, o
tempo todo, ou fecham o tempo. Bom mesmo é perceber que alguns preferem ganhar
tempo, lutar contra o tempo. Outros neste meio tempo matam o tempo e acabam por
perder o tempo...
Já perceberam o quanto
precisamos dele? Ou o quanto sofremos quando nos pedem um tempo? Quisera eu que
o tempo fosse tão precioso, prazeroso como é para os amantes. Porém para os que
resolvem dar um tempo, ele já não é mais visto como prazeroso e sim como
angustiante, e é neste momento que muitas perguntas vem a mente: será que não
me quer mais? Ou no trabalho, quando nos dão um tempo de experiência, parece
que o tempo torna-se mais longo, mais demorado. Isso se dá pelo fato de
estarmos ansiosos para sabermos se somos aptos ou não para ocuparmos aquela
função. Para quem precisa tomar uma decisão, todo o tempo do mundo do mundo é
pouco. E que ironia, só com o tempo saberemos se a decisão foi assertiva ou
não. Se foi assertiva, com o tempo vamos melhorando, aprimorando, tomando
gosto. Se não, precisamos de mais tempo ainda para reorganizarmos nossa vida,
para recomeçarmos.
E o que falar dos que gostariam
de um tempo a mais com quem perdeu? Seja um amor, um amigo, ou até mesmo quem
se foi para nunca mais voltar. Para quem perdeu um amor, fica o vazio, fica a
dor no coração, para estes o tempo obsoleto. Para quem perdeu um amigo, fica a
sensação de que não pode mais confiar em ninguém, para estes o tempo era
simples. Para quem perdeu alguém que nunca mais voltará, aí se instala a dor, a
saudade, para estes o tempo é real, estes gostariam de ganhar tempo, de lutar
contra o tempo. Estes também ficam revoltados com quem matam o tempo e acabam
por perder um tempo considerado precioso, mas somente quando se perdem...
Ah! o tempo... esta coisa efêmera...
como queria que ele fosse eterno para algumas coisas... como queria que fosse
como as fotografias que podemos eternizar momentos marcantes com pessoas que
amamos, como seria bom se assim como eternizamos nas fotografia, pudéssemos
eternizá-las também em vida. Certo, você pode estar pensando, eternizamo-las no
nosso coração... mas a dor da ausência, nenhum tempo consegue curar, ele só
acomoda... Agora, se me derem licença, vou ali acomodar a minha dor porque o
tempo não para e a vida... a vida precisa ser vivida, afinal ela e o tempo são
relativos.
Por: Rosane Favaretto Lazzarin - Julho/2012