É madrugada... uma réstia de luz da
lua ou elétrica, timidamente, insiste em acabar com a escuridão do meu quarto e
instiga ainda mais meu cérebro a trabalhar... Ideias vão e vem, são
substituídas umas pelas outras com uma velocidade inacreditável. Por que elas
não se acomodam? Por que não me deixam em paz? Por que tanta necessidade de se
fazer presente? Não sabem elas que precisam de corpo e mente descansados para
que possam se concretizar? Socorro, onde eu me desligo?
É inacreditável como o ser humano
reage diante das angústias que a vida lhes impõe. É incrível como tem
necessidade de pensar e repensar, ver e rever tudo que passou... Como explicar
este ato inconsciente, por vezes, de rever o que já passou, se o passado não
resolve o futuro? Uns podem dizer que as coisas foram mal resolvidas, outros
que pode ser a consciência falando mais alto... Eu prefiro acreditar que seja o
subconsciente tentando nos alertar que não devemos voltar a tomar as mesmas
atitudes, agir da mesma forma, se omitir diante das coisas, amar do mesmo
jeito, fugir dos sentimentos, da vida...
É fácil se transformar em um casulo,
difícil é se transformar em borboleta e se permitir viver de verdade, livre...
talvez seja este o motivo desta minha insônia: a dor forçada da saída do casulo,
para se transformar em borboleta para viver a vida ainda mais intensamente, se
permitindo até o impossível, pois é ele que nos dá ainda mais forças para
conquistarmos o que almejamos... Enquanto todos estes pensamentos borbulham em
minha mente, a vida segue, com os ponteiros do relógio avançando,
assustadoramente, sem se preocupar com meu bem-estar, às 4h30 da madrugada de
quinta-feira do dia 18/07/2013... e esta que vos escreve, segue também em um
novo voo, desta vez, quem sabe em busca do impossível... mas, o que é mesmo o
impossível?
Por:
Rosane Favaretto Lazzarin
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