22 de jul. de 2013

Insônia..




É madrugada... uma réstia de luz da lua ou elétrica, timidamente, insiste em acabar com a escuridão do meu quarto e instiga ainda mais meu cérebro a trabalhar... Ideias vão e vem, são substituídas umas pelas outras com uma velocidade inacreditável. Por que elas não se acomodam? Por que não me deixam em paz? Por que tanta necessidade de se fazer presente? Não sabem elas que precisam de corpo e mente descansados para que possam se concretizar? Socorro, onde eu me desligo?

É inacreditável como o ser humano reage diante das angústias que a vida lhes impõe. É incrível como tem necessidade de pensar e repensar, ver e rever tudo que passou... Como explicar este ato inconsciente, por vezes, de rever o que já passou, se o passado não resolve o futuro? Uns podem dizer que as coisas foram mal resolvidas, outros que pode ser a consciência falando mais alto... Eu prefiro acreditar que seja o subconsciente tentando nos alertar que não devemos voltar a tomar as mesmas atitudes, agir da mesma forma, se omitir diante das coisas, amar do mesmo jeito, fugir dos sentimentos, da vida...

É fácil se transformar em um casulo, difícil é se transformar em borboleta e se permitir viver de verdade, livre... talvez seja este o motivo desta minha insônia: a dor forçada da saída do casulo, para se transformar em borboleta para viver a vida ainda mais intensamente, se permitindo até o impossível, pois é ele que nos dá ainda mais forças para conquistarmos o que almejamos... Enquanto todos estes pensamentos borbulham em minha mente, a vida segue, com os ponteiros do relógio avançando, assustadoramente, sem se preocupar com meu bem-estar, às 4h30 da madrugada de quinta-feira do dia 18/07/2013... e esta que vos escreve, segue também em um novo voo, desta vez, quem sabe em busca do impossível... mas, o que é mesmo o impossível?
Por: Rosane Favaretto Lazzarin

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