Hoje
o sábado acordou frio… parecia cinzento... mas, de repente, o sol também
acordou e trouxe mais vida ao sábado. Aquele que parecia ser um dia só frio e
cinzento tornou-se um dia não só frio, mas também cheio de luz, aquecido pelo
astro rei, que o deixou com mais vida, mais aconchegante... Assim como a
primeira impressão deste sábado, também somos nós por diversos dias, semanas,
meses e até anos... Acordamos acinzentados, frios, mas, de repente, alguém
resolve fazer o papel do astro rei, e com sua luz aquece o nosso dia.
Hoje,
o sábado de muitos começou assim, frio e acinzentado por inúmeros motivos,
porém, no decorrer da manhã, vários tons lhe foram apresentados e cada qual
escolheu o tom que melhor cabia na pintura do seu momento, do que dia, do seu
sentir... Ações, sorrisos, palavras, aquecem o nosso dia, desde que permitimos
que este calor nos acolha...
E
por falar em palavras, há quem tem o dos de usá-las de forma tão harmoniosa que
parecem notas musicas a nos embalar, dando-nos a impressão que nos pegam no
colo e nos cuidam... Como é bom nos sentirmos cuidados! Mas, para que tudo isso
possa acontecer precisamos nos permitir sentir, precisamos libertar o nosso eu
raptado por algum motivo, por alguma razão. Precisamos cobrar menos de nós
mesmos, porque quem cobra demais de si mesmo, precisa de muito para sentir
pouco. Precisamos doar, mas sempre diminuindo a expectativa do retorno, afinal,
não podemos exigir o que os outros não podem dar; que podemos contribuir com os
outros e para a felicidade destes e que ninguém muda ninguém.
É,
precisamos... mas, como fazer? Há quem diga que não se deixando influenciar
pela energia negativa do outro... há quem diga que trabalhando nossa mente,
muitas vezes tão imprevisível, tão complexa... Mente esta, considera um cofre,
porém, nenhuma é impenetrável... O que acontece, muitas vezes, é que usamos
chaves erradas para chegarmos até ela, e, quando usamos as chaves erradas,
tornamo-nos agiotas de nossas emoções, e passamos a não sentir: matamos a dor cálida,
a angústia; passamos a não mais nos emocionarmos, chorarmos, e assim, as
lágrimas não choradas são mais doloridas do que as choradas; passamos a julgar
mais e abraçar menos, quando devíamos julgar menos e abraçar mais...
Complicado
esta chave errada não é mesmo? Sim porque se não encontramos a chave certa,
corremos o risco de machucarmos as pessoas que nos são mais caras. E, ao
encontrarmos a chave certa, precisamos nos permitir a passar pelo processo da
metamorfose, pois até as flores surgem no inverno e desabrocham na primavera...
Precisamos estabelecer um caso de amor com a qualidade de vida... Por quê?
Porque só a vida pensa...
Então,
se só a vida pensa, o que estamos fazendo por nós mesmos? Que valor estamos nos
dando? Precisamos nos livrar dos bloqueios, melhorar a autoestima, sair da zona
de conforto, driblar o medo de mudar, e acima de tudo, precisamos querer e
acreditar, porque se não quisermos, ninguém fará por nós... Agora, se me derem
licença, vou ali tentar encontrar a chave certa para tentar enfrentar meus
medos e melhorar minha qualidade de vida, porque eu sou uma daquelas pessoas
que não consegue demonstrar sentimentos, mas sou cheia deles...
Por:
Rosane Favaretto Lazzarin – 23/05/2014